Se não for para cá, para onde posso ir?

No post anterior eu dizia que me afastaria do Gelo Negro. Ainda acredito que nada daquilo que eu falei nestes anos todos, tenha qualquer relevância duradoura. Meu papel, não somente na escrita, quanto na própria vida é ser um arremedo cíclico. Sou importante por breves momentos, seguidos da completa insignificância sem remorso alheio. Não tenho para onde ir, nenhum braço para correr, nenhuma boca para confortar, nenhum lugar seguro para me sentir tranquilo. Que venha então todo o sofrimento, de uma vez só, pois estou pronto para o pior e ainda assim eu sobreviverei. Já sabia que todos se afastam quando o mundo está errado, quando o que temos é um catálogo de erros e quando mais precisamos de carinho, força e cuidado.

Hoje estava ouvindo esta canção, que sempre gostei, mas que soou diferente, tocou difernete, fez outro sentido. Ela se chama ‘Preto e Branco’, da banda gaúcha, que tive o prazer de trabalhar em seus projetos, Vera Loca.

Preto e Branco

Vera Loca

Foi em preto e branco
Que eu vi a primeira vez o amor
Não era de verdade
Ainda assim, eu acreditei

Foi bem diferente
Quando eu senti
Nem sempre o final vai ser feliz
Como o filme diz

Realidade é melhor assim
Lutar pra ficar bem no fim
Perder, ganhar, cair e levantar
Amar é bem melhor que ver o amor passar

Sabe-se lá. Renato Russo já preferiu definir o amor de outra maneira:

A paixão quer sangue e corações arruinados
E saudade é só mágoa por ter sido feito tanto estrago
E essa escravidão e essa dor não quero mais

Por nada não, mas acho que o Renato tem mais razão.

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