Sobre aqueles momentos onde a esperança lhe estende a mão…

Um dia alguém disse que Deus é amor. Talvez essa síntese deveria ser levada mais em conta. Para mim, Deus é tudo e somente isso: amor. Independente de suas crenças, independente do que se diga, do que se prove e do que nunca se provará, do questionamento da existência ou não existência de um Deus, de um regente de toda nossa vida, a mensagem é muito clara: amar ao próximo como à nós mesmos. Nada além disso.

Você não impõe a você mesmo a tristeza, o julgamento, o preconceito, a dor, a solidão, a culpa, o erro, a falha, a fraqueza. Porque então impor ao outro?

Se Deus é amor, o inverso também provavelmente o é. Amar, seja a melhor ou ainda a única forma de comunhão com Deus. E quem sabe, Deus talvez não seja um ser físico, delimitado em forma humana. Mas talvez ele seja e se faça presente neste instante onde o amor nasce entre duas pessoas. E ali, certamente ele faz sua morada.
Quem sabe seja um erro de interpretação. Não fomos feitos à semelhança de Deus. Talvez ele seja a semelhança que encontramos em outro. Quando conseguimos ver nossas atitudes em espelho. Face a face.

Nesta dúvida que carregamos ao longo da vida, na busca pelo amor verdadeiro, talvez a maneira mais correta de distinguir um sentimento real de outros tão fugazes, esteja na capacidade de falar dele, como se falasse de Deus. Um amor verdadeiro envolve muito mais que atração, desejo e paixão. Talvez essa seja a menor parte. Um amor verdadeiro se trata de fé, benevolência, gentileza, respeito, carinho, cuidado, troca, reciprocidade, espera, calma, paz, certezas.

“Quem vem lá, caminhando sobre as águas do meu mar de interrogação? Vem… Eu não posso fugir. A esperança me estendeu a mão. Que fogo é esse que vem, derretendo o gelo que a tempos esfriava o amor e o coração que era pedra hoje se desmanchou… e queima…”

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